Receita Portuguesa: como o País se tornou uma exceção na Pandemia
Imagem: NurPhoto/Getty Images - Praça da Figueira, em Lisboa, quase vazia: alta adesão popular ao isolamento e uso de máscaras https://www.uol.com.br/nossa/ Rafael Tonon 06/05/2020 O 25 de abril este ano caiu em um sábado. Não que isso fizesse diferença: sob estado de emergência, os portugueses não poderiam sair às ruas de qualquer forma para celebrar a liberdade conquistada após uma insurreição que pôs fim a 48 anos de uma ditadura fascista no país. Uma incomum ironia para tempos incomuns. Foi a primeira vez em mais de quatro décadas que a Revolução dos Cravos, a data mais importante da recente história política do país, não foi celebrada pelas cidades. As pessoas assentiram, cantaram e balançaram hastes de cravos nas janelas. Um senhor vestido de terno subiu a Avenida da Liberdade, em Lisboa, carregando uma enorme bandeira do país nas costas. "Não podia passar em branco", ele disse. E levou caminhada acima a metáfora que ganhou as páginas dos jornais no domingo segui