Lembrando Noel Rosa

Filho do mineiro Manuel de Medeiros Rosa (1880-1935) e da carioca Marta Correia de Azevedo (1889-1940), Noel (Noel de Medeiros Rosa 1910 - 1937) nasceu com hipoplasia (desenvolvimento limitado) da mandíbula (provável Síndrome de Pierre Robin) o que lhe marcou as feições por toda a vida e destacou sua fisionomia bastante particular.
Nascido na rua Teodoro da Silva n.º 130, no bairro carioca de Vila Isabel, Noel era de família de classe média, tendo estudado no tradicional Colégio de São Bento.
Adolescente, aprendeu a tocar bandolim de ouvido e tomou gosto pela música — e pela atenção que ela lhe proporcionava. Logo, passou ao violão e cedo tornou-se figura conhecida da boemia carioca. Em 1931 entrou para a Faculdade de Medicina, mas logo o projeto de estudar mostrou-se pouco atraente diante da vida de artista, em meio ao samba e noitadas regadas a cerveja. Noel foi integrante de vários grupos musicais, entre eles o Bando de Tangarás desde 1929, ao lado de João de Barro (o Braguinha), Almirante, Alvinho e Henrique Brito.
Em 1929, Noel arriscou as suas primeiras composições, Minha Viola e Festa no Céu, ambas gravadas por ele mesmo. Mas foi em 1930 que o sucesso chegou, com o lançamento de Com que roupa?, um samba bem-humorado que sobreviveu décadas e hoje é um clássico do cancioneiro brasileiro. Uma lenda desmentida por Almirante, seu parceiro musical e biógrafo, diz que a canção surgiu de um episódio em que queria sair com os amigos, mas sua mãe não deixou e escondeu suas roupas. Ele, então com pressa, perguntou: "Com que roupa eu vou?"
Noel revelou-se um talentoso cronista do cotidiano, com uma sequência de canções que primam pelo humor e pela veia crítica. Orestes Barbosa, exímio poeta da canção, seu parceiro em Positivismo, o considerava o "rei das letras". Noel também foi protagonista de uma curiosa polêmica (Noel Rosa X Wilson Batista) travada através de canções com seu rival Wilson Batista. Os dois compositores atacaram-se mutuamente em sambas agressivos e bem-humorados, que renderam bons frutos para a música brasileira, incluindo clássicos de Noel como Feitiço da Vila e Palpite Infeliz. Entre os intérpretes que passaram a cantar seus sambas, destacam-se Mário Reis, Francisco Alves e Aracy de Almeida.
Fonte: Wikipédia
Até Amanhã - 110 Anos de Noel Rosa
TV Cultura
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❝Este musical resgata o valioso acervo da TV Cultura, trazendo depoimentos de Aracy de Almeida, Ismael Silva e Ciro Monteiro sobre o sambista.
Atento à contemporaneidade da obra do poeta, o especial ainda projeta um olhar para o futuro com a participação de Jessica Marcele, que traz temas das canções em formato de Slam (gênero artístico de improviso).
Tudo isso costurado por roteiro que mostra a atualidade e pertinência da obra do compositor.❞ - Até Amanhã - 110 Anos de Noel Rosa, TV Cultura

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